morgana

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domingo, 23 de dezembro de 2012

Acabo de receber a informação (de um pulsar no twitter) de conexão das mudanças programadas à acontecer na mudança (e não mais transição) de ciclo:

 ♆♓ Revelações e revoluções de conceitos profundos capazes de mover as massas...Netuno

Isso se aplica à apresentação do que representa a "Idéia", enquanto instrumento de mobilização não só da razão e lógica, mas de Sentido.






sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Sempre hei de te usar
na invocação
de seus deuses terrestres
na exalação
do perfume
da fertilidade
Para emergir
da terra úmida
da semente
a serpente emplumada
a caminho
do Sol




terça-feira, 6 de novembro de 2012

Atum-Rá

Cada nova palavra ou pensamento que se liberta nos conduz à nossas sombras de possibilidades. Os sonhos são nossos processos se realizando de alguma maneira, e sua expressão percorre as esferas, seus atos astrais conduzem palavras de verdade e liberdade. Ei de ousar ouvir de mim aquilo que me dói, ei de ouvir as vozes daqueles que querem me fazer sofrer por seus temores, mas nestes instantes, ei de segurar as pontas e permanecer em pé, e entender estes medos, pressupostos indeterminados daquilo que estagna.
Tudo são processos e fluxos contínuos, que percorrem diferentes veios de terra onde a água se acumula.
  

                           

quarta-feira, 31 de outubro de 2012


A ânsia do resultado

"Pois vontade pura, desembaraçada de propósito, livre da ânsia de resultado, é toda via perfeita." (AL I:44)

Entre Crowley e Nietzsche e a liberdade da vontade destituída de reminiscências, temores e expectativas, enc
ontramos elos, pois como disse Therion:

"O Adepto, aproximando seu pensamento ainda mais do Êxtase, ri, tanto de pura alegria quanto porque acha graça na absurda incongruidade de argumentos "razoáveis" dos quais ele está agora livre para sempre; e expressa a sua idéia assim: O livre exercício de nossa faculdades é pura alegria; se eu sentisse necessidade de alcançar algum objetivo, isto resultaria na dor do desejo, na tensão do esforço, e no medo de fracasso."









Porque sou eu a primeira e a última 

Eu sou a venerada e a desprezada 
Eu sou a prostituta e a santa 
Eu sou a esposa e a virgem 
Eu sou a mãe e a filha 
Eu sou os braços da minha mãe 

Eu sou estéril, e os meus filhos são numerosos 
Eu sou a bem casada e a solteira 
Eu sou a que dá à luz e a que jamais procriou 
Eu sou a consolação das dores de parto 
Eu sou a esposa e o esposo 
E foi o meu homem quem me criou 
Eu sou a mãe do meu pai 
Sou a irmã do meu marido 
E ele é meu filho rejeitado 
Respeitem-me sempre 
Porque eu sou a escandalosa e a magnífica 


Hino a Ísis, século III ou IV

terça-feira, 31 de julho de 2012

A Deusa Negra

A Deusa Negra


Eu sou as trevas por trás e por baixo das sombras.
Eu sou a ausência de ar que espera no início de cada respiração.
Eu sou o fim antes que a vida recomece, a deterioração que fertiliza o que vive.
Eu sou o poço sem fundo, o esforço sem fim para reivindicar o que é negado.
Eu sou a chave que destranca todas as portas.
Eu sou a glória descoberta, pois eu sou o que está escondido, segregado, proibido.
Venha a mim na Lua Negra e veja o que não pode ser visto, encare o terror que é só seu.
Nade até mim através dos mais negros oceanos, até o centro de seus maiores medos. Eu e o Deus das Trevas o manteremos em segurança.
Grite para nós em terror e seu será o poder de suportar o insuportável.
Pense em mim quando sentir prazer e eu o intensificarei. Até o dia em que eu terei o maior prazer de encontrá-lo na encruzilhada entre os mundos.
Sabedoria e a capacidade de dar poderes são meus presentes. Ouça-me, criança, e conheça-me por quem eu sou. Eu tenho estado com você desde o seu nascimento e focarei com você até que você retorne a mim no crepúsculo final.
Eu sou a amante apaixonada e sedutora que inspira o poeta a sonhar.
Eu sou aquela que te chama ao fim de sua jornada. Quando o dia se vai, minhas crianças encontram descanso abençoado em meus braços.
Eu sou o útero do qual todas as coisas nascem.
Eu sou o sombrio, silencioso túmulo, todas as coisas devem vir a mim e suportar a morte e o renascer para o todo.
Eu sou a bruxa que não será governada, a tecelã do tempo, a professora dos mistérios.
Eu corto as linhas que trazem minhas crianças até mim. Eu corto as gargantas dos cruéis e bebo o sangue daqueles sem coração.
Engula seu medo e venha até mim, e você descobrirá a verdadeira beleza, força e coragem.
Eu sou a fúria que dilacera a carne da injustiça.
Eu sou a forja incandescente que transforma seus maus espíritos internos em ferramentas de poder. Abra-se ao meu abraço e domínio.
Eu sou a espada resplandecente que te protege do mal. Eu sou o cadinho no qual todos os seus aspectos se misturam em um arco-íris de união.
Eu sou as profundezas aveludadas no céu noturno, as brumas rodopiantes da meia noite, coberta de mistérios.
Eu sou a crisálida na qual você irá encarar o que te apavora e da qual você irá florescer vibrante e renovada. Procure por mim nas encruzilhadas e você será transformada, pois uma vez que você olha para meu rosto não existe volta.
Eu sou o fogo que beija as algemas e as leva embora.
Eu sou o caldeirão no qual todos os opostos crescem para se conhecer de verdade.
Eu sou a teia que conecta todas as coisas.
Eu sou a curadora de todas as feridas, a guerreira que corrige todos os erros a seu tempo.
Eu faço fraco o forte. Eu faço humilde o arrogante, Eu ergo o oprimido e dou poderes ao desprivilegiado.
Eu sou a justiça temperada com compaixão.
Eu sou você, eu sou parte de você, eu estou dentro de você.
Me procure dentro e fora e você será forte. Conheça-me, aventure-se nas trevas para que você possa acordar com equilíbrio, iluminação e plenitude.
Leve meu amor consigo a toda parte e encontre o poder interior para ser quem você quiser.


domingo, 17 de junho de 2012

Zos Kia Cultus e os Corpos Dóceis

O pensamento ocultista ou esotérico aparece como um campo a parte, ele é especializado, assim como os demais campos do saber, fenômeno de nossa atualidade,  mas eu sempre me pergunto por que não pode ele permear e fazer parte do rico universo consagrado e instituído pela academia. Ela nos aparece presa às suas limitações formais e valorativas, mas por que não, porque não nos cabe fazer uma síntese alquímica do logos?
O filósofo Foucaut apresenta uma interessante tese acerca do poder da disciplina sobre os corpos. Enquanto magistas, sabemos a importância sem precedentes da disciplina, do trabalho sobre o corpo. Trata-se aqui de um processo de acordo sagrado estabelecido com o corpo, o físico. Os primeiros graus de um neófito deve percorrer o domínio sobre hábitos e maneirismos, e durante todo o processo este "dever" sobre o corpo persiste. O corpo é o caminho da libertação.

Mas ele pode ser também o meio para a dominação, para a dominação institucional e global sobre nossas vidas e escolhas. Houve um processo histórico ao longo dos séculos XVII e XVIII que transformaram a disciplina dos corpos como um modo de dominação, um processo de castramento de nossa liberdade a partir de um processo de dissociação do poder do corpo, ou a partir da dissociação da Vontade da carne.
E sim, isto sempre aconteceu nas escolas, nas igrejas, nas empresas, hospícios, exércitos, cadeias e até mesmo hospitais, e vem se estendendo, nos dias de hoje em muitas esferas de nossa vida cotidiana, para além destas instituições.
Se pergunte, como você consegue ficar tanto tempo na frente desta tela luminosa, sentado em seu trabalho, aturando o ônibus, o metrô lotado, andando de um determinado modo em determinadas calçadas, e ainda, sempre a partir o horário estipulado? Ou mesmo, trepando de um certo modo...

O corpo traduz uma fala, um discurso. O que significaria, em um rito, a necessidade de se ajoelhar, ou de outra forma estendermos nossos braços para o alto, para o céu e as estrelas a fim de proclamar a invocação?





É essencial sentirmos a carne, a terra, e a vitalidade que percorre seus processos.

O encontro com Daath ou a pequena morte. Iniciação.



A esfera cinza de Daath expressa a passagem pelo abismo, a ponte movediça através da qual encontramo-nos com os mestres das sombras e os demônios de nossa destruição.

11 :11

A verdade é uma mentira que não se admite enquanto mentira mentida e metida.

A extrapolação do binário confere um passo de nossa passagem

Pois o que é Vida e o que é Vontade pode então fluir, onde nosso meio é caminho



terça-feira, 3 de abril de 2012

A religião da Incubação

O incubus parece ter se originado da antiga prática de incubação, onde uma pessoa ia ao templo de uma divindade e lá repousava. No decurso da noite a pessoa teria um contato com a divindade, muitas vezes esse contato envolvia relações sexuais, ou na forma de sonho ou com um dos representantes da divindade, bem humano. Isso estava na raiz de diversas práticas religiosas, incluindo a prostituição nos templos. A religião de incubação mais bem sucedida estava ligada a Esculápio, um deus da cura que se especializara, entre outras coisas, em curar a esterilidade. O cristianismo, que equiparou as divindades pagãs aos seres demoníacos, encarava essa prática de relações com uma divindade como forma de atividade demoníaca.




Trecho do texto de:http://rituaisnegros.blogspot.com.br/2009/08/incubus-e-succubus.html

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Vida




     Eis uma foto de meu altar tirada no ano passado, a estátua de Isis está no centro, rodeada de cristais e outros adereços ritualísticos. Sobre ele e na frente da janela eu pendurei um prisma, que provoca a refração da luz, o que resulta nestes mini arco-íris que refletem em todo o altar em um dado horário quando o sol se encontra na posição exata. Uma singela mas verdadeira opção de captação de energia para quem vive nestes apartamentos cercados por montanhas de concreto. Isto me lembra um dia que sonhei que entrei em um apartamento de um prédio, e neste ap existiam árvores e vegetação, algo como um bosque em um andar... eu gostei da idéia