morgana

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segunda-feira, 26 de maio de 2014

ONE STAR IN SIGHT

ONE STAR IN SIGHT
(Aleister Crowley) 
tradução Fernanda Guimarães


Seus pés na terra, sua cabeça na escuridão
Homem, quanto padeces ,
nas dúvidas que o intimidam, nos males que o exasperam,
Não tens inteligência ou vontade de lutar---
Há esperança no coração, ou valor no trabalho?
Uma estrela à vista !

Seus deuses são certamente marionetes da Igreja.
"Verdade? Tudo está relacionado!" a ciência suspirou.
Unido na bestialidade,
O amor lhe torturou, quando a esperança do amor morreu
E a fé' do amor apodreceu. A vida não é nada menos
Que a visão de uma estrela de pouco brilho .

Sua carne podre e decadente dobrou-se e arrastou-se
Para encontrar sua terra de oportunidades
Na qual a dor não existia; Esmorecido
O caminho foi trilhado
Sua agonia, os céus vazios espalhados
No chão infértil.

Todas as almas existirão eternamente,
Todo indivíduo, até seu final,
Perfeito-- todos fazem-se nebulosos
De mente e carne para celebrar
Com um gêmeo mascarado um delicado encontro
insaciado.

Um bêbado delirando em um sonho,
Dor pela morte eminente, confundindo-se
com suas próprias sombras.
Uma estrela pode acordá-los
Para si mesmos; serenas almas de estrelas que brilham
no tranqüilo lago da vida.

Não deve-se encerrar o que iniciou-se
Tudo acontece por uma razão.
Faça o que é necessário, pois todo homem
e toda mulher e' uma estrela.
Pan não morreu; ele vive, Pan!
Destruam-se as barreiras!

Ao Homem eu venho, o número do
homem é meu numero, Leão da Luz;
Eu sou a besta cuja lei é o Amor.
Ame em pensamento, seu direito divino?---
Observe por dentro, e não por cima,
Uma estrela à vista !



ONE STAR IN SIGHT

(Aleister Crowley)

Thy feet in mire, thine head in murk,
O man, how piteous thy plight,
The doubts that daunt, the ills that irk,
Thou hast nor wit nor will to fight---
How hope in heart, or worth in work ?
No star in sight !


Thy Gods proved puppets of the priest.
"Truth ? All's relation !" science sighed.
In bondage with thy brother's beast,
Love tortured thee, as Love's hope died
And Love's faith rotted. Life no least
Dim star descried.


Thy cringing carrion cowered and crawled
To find itself a chance-cast clod
Whose Pain was purposeless; appaled
That aimless accident thus trod
Its agony, that void skies sprawled
On the vain sod !


All souls eternal do exist,
Each individual, ultimate,
Perfect---each makes itself a mist
Of mind and flesh to celebrate
With some twin masked their tender tryst
Insatiate.


Some drunkard's doting on the dream,
Despair that it should die, mistake
Themselves for their own shadow-scheme.
One star can summon them to wake
To self; star-souls serene that gleam
On life's calm lake.


That shall end never that began.
All things endure because they are.
Do what thou wilt, for every man
And every woman is a star.
Pan is not dead; he liveth, Pan !
Break down the bar !


To man I come, the number of
A man my number, Lion of Light;
I am the Beast whose Law is Love.
Love under will, his royal right---
Behold within, and not above,
One star in sight !