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quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

A Sagrada Prostituição



Agora nos deslocamos para as primeiras culturas da história, sociedades agrícolas do Mediterrâneo, mais precisamente na Mesopotâmia e Caldéia.
A sociedade aqui já é mais dividida, existe um sistema estrutural de classes e ordem. Artesãos, soldados, escravos, Sacerdotes, governantes e trabalhadores.
Existem mercados, Templos, um rudimentar sistema monetário se baseando principalmente na troca de produtos e mercadorias e um avançado sistema de ensino – para a época – somente para os membros da classe mais alta, ou seja, os governantes e Sacerdotes.
Neste período o culto a Mãe e ao seu Consorte1 já eram considerados antigos, porém, as características da Mãe tribal e os caçadores recompensados por ela ainda eram mantidas.
Era comum encontrarmos as Hieródulas. Mulheres que ofereciam os favores sexuais da Deusa para os homens que a vinham adorar. Nessa época a prostituição sagrada não era vista com menosprezo, muito pelo contrário, era uma profissão sagrada e um serviço à própria Deusa. Assim vemos que essa é uma das profissões mais antigas do mundo.
O homem chegava ao Templo com algum tipo de pedido a ser feito, sempre com uma oferenda. Chegando lá ele encontrava as representantes da Deusa, as Sacerdotisas – Hieródulas – que seriam capazes de concretizar os pedidos feitos pelo homem.
Ela [a Sacerdotisa] escutava os pedidos do homem e se gostasse de sua performance sexual concedia a ele o seu pedido.
Dessa forma o homem voltava para casa revigorado de energia e confiança, voltava pronto para copular com sua esposa e lhe engendrar uma nova criança, ele saia do Templo entusiasmado a cavar mais canais de irrigação, assim seus campos produziriam mais e ele seria próspero e abençoado pela Deusa.
Essas Sacerdotisas representantes da Deusa eram de vital importância na estrutura hierárquica dos Templos.
No culto à Deusa Milita, na Babilônia, pelo menos uma vez na vida todas as mulheres se postavam frente aos Templos e iam com o primeiro homem que lhes oferecesse dinheiro que era, então, doado ao Templo, como oferenda. Isso era visto como uma taxa justa devido à Deusa, à qual nenhuma mulher podia negar.

1 BABALON e a Besta.


Fonte: ALEISTER CROWLEY & FERNANDO AIWASS LIGVORI, RITUAIS, DOCUMENTOS E A MAGIA SEXUAL DA ORDO TEMPLI ORIENTIS (livro em pdf.)