morgana

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quinta-feira, 9 de maio de 2013

M.S.: Por que há tantos avisos sobre rituais que envolvam atravessar o Abismo do Conhecimento, ou mesmo meditações sobre Daath? Em trabalho planetário, não podemos trabalhar sobre Saturno, a menos que o tragamos para baixo, para Daath, ou o atravessemos a um qualquer nível.

DAN: Vou-lhe dizer alguma coisa sobre isso. Todo este bruááá sobre o Abismo. A Humanidade tem construído pontes por cima de grandes vazios desde tempos tão remotos como quando começou a juntar dois tijolos. Se não consegues atravessar o Abismo na tua imaginação, então sai do jogo. É um dos mitos maiores e é aí que há uma barreira psicológica e, se tiveres qualquer coisa dentro de ti, vais passar por cima disso sem nenhum problema. Seja da forma como o fez o Indiana Jones, ou o Spielberg. No Santo Graal, quando se vê o Indiana Jones tentando ganhar coragem para por o pé de fora e eu pensei, se essa não é a arte de entrar em Kether, então nada é. (O Abismo) é para proteger aqueles que não têm a coragem. Não é para denegrir. Há algumas pessoas que dizem, "Não consigo fazer isto, mas vou tentar". Há em algumas pessoas um tal desejo de conhecimento, um tal desejo de compreender que vão até um estado de não-ser para o procurar. De facto, ficas em tal remoinho até esse ponto, onde o ponto és tu e és também tudo fora do ponto. Isso acarreta um enorme sofrimento, porque és tudo e não és nada. Queres voltar e, no entanto, não queres sair dali e entras num estado de aceitação total. Desistes de ti mesmo. Então passas para Hockmah.

(entrevista com Dolores Ashcroft-Nowicki)

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Isis



Os gregos identificavam Ísis à deusa Deméter. A história da deusa egípcia em busca do marido desaparecido era comparada àquela da divindade grega, que procurava sua filha Core. Seu culto foi muito estimulado no período helenístico, através da política dos Ptolomues, que proporcionaram um hibridismo entre a religião egípicia e a grega. A partir daí, teve enorme difusão na bacia do Mediterrâneo. Todavia encontrou certa hostilidade em Roma, devido a sua popularidade entre as camadas populares. O Senado Republicano ordenou várias vezes a derrubada de altares da deusa e outras divindades. Augusto proibiu a celebração dos rituais de Ísis no interior do pomoerium. Tibério ordenou a demolição do santuário da deusa e que sua estátua fosse lançada no Tibre. O Estado romano temia o caráter secreto das cerimônias e possíveis reivindicações das massas populares que a religião pudesse ocultar.

O culto encaminhou-se num sentido henoteísta 3, onde Ísis torna-se panthea, divindade única de muitos nomes. Assumia outras identidades, como Higéia, a saúde divinizada.

Junto a possibilidade de continuar a vida no além, o culto apresentava outros aspectos, que tornaram sua figura mais complexa e rica simbolicamente. Transfigurou-se em uma divindade cósmica, distribuidora de todos os bens, doce e maternal, que protege e salva.

Ísis representa o poder fertilizador na terra e na lua. Segundo o professor Walter Burkert“(...) creditam-se à Ísis poderes sobre o próprio destino, fatum: ela tem autoridade para deter a morte iminente e conceder uma nova vida, novae salutis curricula. Esse preciosíssimo dom de Ísis, o dom da vida é descrito tanto nas fontes egípcias gregas quanto nas versões gregas do culto. Mas significa claramente a vida neste nosso mundo. Deve ser uma “nova vida”, visto que a velha vida se desgastou e está a ponto de se romper; mas não é uma vida de uma outra ordem, sendo antes uma reposição para manter as coisas em andamento.” 2


Ísis, século II d.C , Coleção Farnese, Nápoles, Museo Archeologico Nazionalemármore, com restaurações do século XVIII,  na cabeça, braços e pés.

Hino a Ísis:
"Santa! Tu que, sem te cansares, velas pela salvação do gênero humano, sempre pródiga para com os mortais de cuidados que os reanimam, tu dispensas ao infeliz doce ternura de mãe. Não deixes passar um dia, uma noite, um instante sequer, sem prodigalizar teus benefícios, sem proteger os homens em terra e mar, sem afastar para bem longe as tormentas da vida, sem estender-lhes a mão protetora que desfaz as malhas mais complicadas da fatalidade, mão que acalma as tempestades da fortuna e domina o curso funesto dos astros. Os deuses do Céu te rendem homenagem, respeitam-te os deuses do inferno! Tu moves o mundo sobre seu eixo, acendes o fogo do Sol, governas o universo e calcas com teu pé o Tártaro. Os astros são dóceis à tua voz, as estações retornam à tua vontade, os deuses se alegram à tua vista, os elementos encontram-se às tuas ordens. Fazes um gesto, e as brisas se animam, incham-se as nuvens, germinam as sementes, multiplicam-se os feixes de trigo. Tua  majestade enche de santo pavor os pássaros que cortam o céu, os animais que erram pelas montanhas, as serpentes que se ocultam sob a terra, os monstros que nadam no mar. Porém, para pronunciar teus louvores, pobre demais é meu espírito. Para te oferecer sacrifícios, escassas demais as minhas posses. A voz me faltaria ao querer expressar os sentimentos que tua grandeza me inspira. Mil bocas não bastariam, nem mil línguas, nem mesmo se falassem sem esmorecimento, por toda a eternidade! Mas pelo menos terei o cuidado de fazer tudo aquilo de que é capaz, em sua pobreza, um fiel piedoso: teus traços divinos, tua pessoa sagrada, eu os guardarei para sempre fechados em meu coração, e em espírito os contemplarei."

Notas:


1. O hino ficou muito popularizado quando o escritor Paulo Coelho citou-o em seu livro "Onze minutos". Trata-se de um texto da Biblioteca de Nag Hammadi,provavelmente escrito entre os séculos II IV d.C; mais precisamente do Códice VI,2 denominado Bronté (Trovão ou Espírito Perfeito). Constitui um monólogo onde Bronté, uma personagem feminina, expõe em primeira pessoa maravilhas nela reveladas. Remete à Sabedoria hipostasiada do Antigo Testamento e as aretalogias de Ísis. Daí o nome "Hino a Ísis", embora seja uma correlação incerta, no estado atual dos conhecimentos. 
2. BURKERT,Walter Antigos cultos de misterio. Tradução de Denise Bottman. São Paulo: Edusp, 1992, p. 30.
3. Isto é, a crença em um deus único, mesmo aceitando a existência possível de outros deuses. Pode designar também a uma personificação (entre outras) do Deus supremo,ou ainda atribuir a esse Deus o poder de assumir múltiplas personalidades.


Bibliografia:


BURKERT,Walter Antigos cultos de misterio. Tradução de Denise Bottman. São Paulo: Edusp, 1992
SCARPI, Paolo Politeísmos: as religiões do mundo antigo. Tradução: Camila Kintzel São Paulo: Hedra, 2004
VVAA. Textos Sacros. São Paulo: Abril Cultural, 1973, pp. 187-188


Fonte:http://labirintosdoser.blogspot.com.br/2011/12/hino-isis.html

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Chakra Laríngeo

À muito custo devo admitir que a auto disciplina de um adepto deve unicamente seguir no sentido da satisfação da verdadeira vontade, ou o que poderíamos denominar como essência. Caso contrário vivenciamos o desequilíbrio ou desarmonia, o que em planos mais densos resultam em descompassos principalmente à nível do chakra laríngeo.





Segue um texto melodioso e claro, como a manifestação íntegra deste chakra:



"É o centro da expressão e da comunicação, está associado aos sons, ritmos, cores e formas. Por relacionar a maneira de pensar e sentir, com os impulsos e reações, transmite para o exterior o conteúdo de todos os outros chakras: risos e lágrimas, amor e alegria, angústia e raiva. É aqui que a criatividade originária do chakra sagrado se funde com as energias dos outros chakras e se manifesta, pela palavra, gestos, música, artes plásticas, dança. Este chakra proporciona a auto-reflexão e o distanciamento interior. Separa a função do corpo mental da dos corpos emocional, etérico e físico. Assim, os pensamentos deixam de ser condicionados pelos sentimentos e por aquelas sensações físicas que atrapalham o conhecimento objetivo. Associado à função sensorial da audição, permite-nos ouvir a nossa própria voz interior. Ao contatarmos com o espírito que anima essa voz, desenvolvemos uma sólida confiança no nosso Guia Supremo. Tomamos ainda consciência da verdadeira razão pela qual estamos neste planeta. Portanto, neste 5º chakra encontramos a perfeita expressão individual sobre todos os planos.
As questões emocionais que influenciam o chakra da garganta envolvem o modo como optamos por exercer a nossa vontade pessoal. O uso correto da vontade é de fato a expressão da vontade pessoal temperada pela, sabedoria do coração. A força da nossa vontade pessoal é medida não pela dureza com que impomos a nossa vontade aos outros mas sim pela nossa eficácia em dominar a nossa força de vontade para podermos controlar e disciplinar a nós mesmos. Esta é talvez uma das principais lições do chakra da garganta. A autodisciplina é de fato o verdadeiro teste da vontade do indivíduo. O autocontrole consciente não é apenas a disciplina que nos leva a comer direito, praticar exercícios físicos regularmente ou adotar as regras estabelecidas pela sociedade. Esta é uma disciplina que se estende à mente, ao corpo e ao espírito. Um relacionamento inadequado entre os nossos comportamentos de busca de prazer, por exemplo, e o nosso impulso para nos aprimorar através da autodisciplina pode as vezes resultar num desequilíbrio de energia no chakra da garganta.
É considerado o centro da criatividade e verbalização de todas as nossas emoções, sentimentos e sensações. Nesse nível se dá a compreensão do Deus Impessoal, e por isto diz-se que é o centro do renascimento em termos espirituais, pois aqui se dá a liberação plena de nossa vontade à vontade Divina.
Quando este chakra está bem energizado a é voz melodiosa e afável, harmoniosa e bela. Exprime, sem medo, tanto a fraqueza como a força, os sentimentos, os pensamentos e as descobertas interiores. A sinceridade manifesta-se através de atitudes claras e criativas. Consegue ficar calado se julgar oportuno e sabe escutar os outros com o coração e a compreensão interior. A linguagem transmite as suas intenções eficazmente para que os desejos positivos sejam cumpridos. Através da voz interior, recebe informações úteis à condução segura da vida. Todas as suas expressões criativas têm o poder de transmitir sabedoria e verdade. A independência interior e a expressão livre de todo o ser irradiam uma alegria profunda e o sentimento de ser completo e íntegro. Quando decide algo, disponibiliza o máximo das suas capacidades. Esta disposição para manter os seus compromissos e para suportar-se na verdade e na honestidade é a sua característica mais forte. Fala tanto com a cabeça como com o coração. Quando se sente irritado expressa irritação; quando se sente aberto e gentil, não receia mostrar esses estados de espírito. É um ser aberto, verdadeiro e transparente."